Transtornos Emocionais
Quando as emoções se tornam muito intensas e tiram a leveza da vida
Transtornos emocionais, como ansiedade, depressão, estresse crônico, transtorno do pânico, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e fobias específicas, não afetam apenas a mente — eles deixam marcas profundas no corpo. Tensão muscular constante, respiração superficial, distúrbios do sono, fadiga e dores recorrentes são manifestações físicas comuns, quando as emoções se tornam muito intensas e se acumulam sem encontrar vias saudáveis de expressão.
O corpo, nesse contexto, se torna uma espécie de "memória viva" do sofrimento emocional. Ele reage e se adapta, muitas vezes de forma inconsciente, criando posturas defensivas, padrões de movimento restritos e até alterações no sistema imunológico e digestivo.
Essa ligação entre corpo e emoção é regulada, em parte, pelo sistema nervoso autônomo, que coordena nossas respostas automáticas de luta, fuga ou congelamento. Quando há desequilíbrio emocional prolongado, o corpo pode permanecer em estado de alerta constante, dificultando o relaxamento e a autorregulação. E, reconhecer esses sinais corporais é um passo essencial no cuidado com a saúde mental.

É comum em momentos de sofrimento emocional nos afastarmos do corpo, e assim ele se tornar um território esquecido, tenso ou até mesmo doloroso. No entanto, o corpo não é apenas um reflexo do que sentimos: ele também é uma via de acesso à transformação.
Por essa razão, trabalhos de consciência corporal oferecem um espaço seguro para que possamos reconhecer sensações, padrões de tensão e modos automáticos de reação que muitas vezes sustentam estados de ansiedade, depressão ou estresse crônico.
Ao nos reconectarmos com o corpo, abrimos espaço para escutar o que ele tem a dizer, trazendo à tona emoções não verbalizadas e promovendo um reequilíbrio interno, é possível ampliar a percepção de si, fortalecer o senso de presença e restaurar a autorregulação emocional.
Cuidar da saúde mental também passa por restaurar o vínculo com o corpo, afinal o corpo fala — é nele que a vida acontece! - e aprender a escutá-lo com atenção e respeito é parte fundamental do caminho de cura.