Dor Crônica
Quando a dor se torna constante e limitante
Sentir dor é algo que todos vivemos em algum momento de nossas vidas. Mas quando a dor não passa e se torna parte do dia a dia, ela deixa de ser apenas um sintoma e passa a ser um problema em si. Isso é o que chamamos de Dor Crônica — uma dor que se caracteriza por uma dor persistente por longos períodos que causa impacto significativo na qualidade de vida, nas atividades diárias, sono e bem-estar emocional.
A Dor Crônica é um desafio silencioso e aqueles que convivem com ela muitas vezes enfrentam uma luta solitária e incompreendida. Por fora, podem parecer saudáveis, mas por dentro, lidam com uma batalha diária contra uma dor persistente e desgastante. E por ser uma condição invisível, os impactos e a intensidade da dor não são facilmente percebidos por aqueles ao redor, levando à falta de validação e compreensão.
A Dor Crônica gera alterações no sistema nervoso que pode ficar mais sensível, fazendo com que o corpo “mantenha” a dor ativa, é como se o corpo tivesse "aprendido a doer" e ficasse preso nesse modo. As evidências mostram a presença mudanças reais no funcionamento do sistema nervoso frente a dor crônica e tais mudanças podem estar relacionadas a fatores físicos, emocionais e até ao estresse acumulado. Por isso, entender a dor como algo multidimensional é essencial.
Com todo esse cenário hoje já é sabido que tratar a Dor Crônica é muito mais do que apenas tomar remédio ou fazer repouso. Como essa dor envolve não só o corpo, mas também o sistema nervoso e as emoções, o tratamento precisa ser amplo, cuidadoso e individualizado. É o que chamamos de uma abordagem biopsicossocial.
Trazer um olhar ampliado para as emoções e para nossa história pode se tornar uma grande ferramenta para o alívio da dor. Com informação, movimento consciente, escuta profissional e estratégias que envolvem corpo e mente, é possível recuperar qualidade de vida e voltar a confiar no próprio corpo.


