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Transtorno Neurológico Funcional

Quando corpo e mente deixam de se comunicar adequadamente

O Transtorno Neurológico Funcional (TNF) se caracteriza por uma condição clinica em que o corpo apresenta sintomas motores e sensoriais como fraqueza nos braços e nas pernas, tremores, espasmos, perda de equilíbrio, dificuldades para andar ou movimentos involuntários - mas sem uma lesão detectável no cérebro ou nos nervos. O problema não está "no corpo quebrado", e sim em como o cérebro se comunica com o corpo.

Mesmo que o corpo e o sistema nervoso estejam fisicamente saudáveis, o cérebro tem dificuldade em enviar os comandos certos para o corpo se mover. O corpo está fisicamente saudável, mas algo interfere na conexão entre intenção e movimento. E isso não acontece por preguiça ou falta de força de vontade. Pelo contrário, os sintomas são involuntários, muito reais e podem afetar bastante a vida da pessoa, e como muita gente nunca ouviu falar sobre isso, pode levar ao preconceito ou à ideia errada de que “é coisa da cabeça”.

O Transtorno Neurológico Funcional é mais comum do que parece, apesar de ser pouco conhecido. Ele é uma das causas mais frequentes de procura por neurologistas e muitas pessoas convivem com esses sintomas sem diagnóstico por muito tempo, justamente porque ainda há muita desinformação sobre o assunto.

Paisagem aérea abstrata

Na verdade, o que se sabe hoje em dia é que no TNF há alterações em regiões cerebrais relacionadas ao processamento das emoções e o quadro mostra como corpo e emoções estão profundamente conectados. Muitas pessoas não sabem que emoções acumuladas, estresse prolongado ou situações traumáticas podem sobrecarregar o sistema nervoso e se manifestar no corpo e, quando não conseguimos dar nome ao que sentimos, o corpo muitas vezes encontra uma forma de expressar esse conflito.

 

O corpo, de forma involuntária, começa a “falar” aquilo que não foi elaborado ou acolhido emocionalmente. Portanto, os sintomas são expressões legítimas de um sistema nervoso em sofrimento.

 

Entender essa relação entre corpo e mente é o primeiro passo para o cuidado. E a boa notícia é que existe tratamento — com escuta, movimento, acolhimento e reconstrução da confiança no próprio corpo. Na verdade o seu corpo não está te traindo — ele está pedindo ajuda.

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